Fantasmas?

   Agora são quase meia noite, é quase sete de setembro, mas ainda é domingo, e quero falar um pouco sobre o meu domingo muito cansativo, sabe... Estou tão cansada de não fazer nada. (hihi)
   Bem, hoje eu tirei o dia para assistir o restante da série/drama que eu comecei na semana passada. E devo dizer, esse foi um dos melhores dramas que eu assisti na minha vida. Por que?
   Eu não me considero uma pessoa muito romântica, embora eu seja conservadora e bastante clichê, em certos pontos, não me considero alguém romântica, entende? Eu sei que isso é contraditório, mas sabe, continuo sendo assim. O drama que eu assisti se chama Oh My Ghostess, e conta a historia de uma menina que morreu virgem. Engraçado, não? No começo eu achei que eu não iria gostar, de verdade. O que uma fantasma poderia fazer pra me atrair durante dezesseis episódios? Sabe, fiquei receosa, mas assisti a um vídeo no Youtube onde a menina recomendava e coloca esse drama em terceiro lugar na sua lista de favoritos do mês...
   Então resolvi assistir, e me surpreendi com o que aconteceu ali. É muita coisa pra apenas dezesseis episódios. Eu até chorei no penúltimo deles, por que poxa, de verdade, me cativou. E como diz a raposa para o Pequeno Príncipe, "... Mas se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás pra mim único no mundo. E eu serei pra ti única no mundo...". Sei que essa frase pode não ter se encaixado muito no que eu quis dizer, mas é mais ou menos isso, o drama me cativou muito, muito mesmo, de uma forma que fez eu querer viver nele pelo menos um pouquinho.
   Tá, vou contar um pouco do que acontece, mas não muito, se não perde a graça. Como eu falei, conta a historia de uma menina que morreu virgem (não vou contar como ela morreu. Quer saber? assista, e se surpreenda como eu me surpreendi), mas não conta apenas sobre ela, conta sobre muitas pessoas, cada uma com uma personalidade diferente.
   Há a personagem principal (que não, não é a fantasma em si, mas ainda sim é a fantasma), que é bastante esquisita, ele vê fantasma e é atormentada por causa disso. Ela tem um sonho, ser uma chef de cozinha, mas por alguns probleminhas ela tem dificuldade com isso, inclusive com seu trabalho.
   Há também o mocinho, um cara maduro, que sofreu na infância por ser filho de uma mulher jovem, que não tinha marido e tinha que cuidar dele sozinha. Ele era fraco, apanhava de seu 'amigos' e sempre era muito reprimido, mas com o tempo as coisas mudaram, por que ele cresceu e percebeu que podia ser um belo homem, e quando digo belo, eu digo belo mesmo. O cara é muito bonito, pelo menos pra mim, por que certas pessoas podem achar ele feio.
   Tem a família do mocinho, onde a irmã dele é paraplégica por que sofreu um acidente de carro, a mãe é meio maluca, meio não, muito maluca, e seu genro, um policial diferente e bastante legal, eu gosto dele, adoro ele, de verdade.
   E tem a fantasma, a melhor pessoa do drama. É extrovertida, engraçada, meio 'tô nem aí', mas uma ótima menina.

   Bem, tudo começa quando essa fantasma possui o corpo da 'mocinha' para poder seduzir o homem de vitalidade, que é o 'mocinho'. Ela só quer transar com ele, para poder se libertar de seu rancor de morte. Mas cara, é muita confusão, você ri, chora, passa mal de tanto rir de novo, e chora mais e mais, é como viver.

   Por que eu vim falar de repente sobre esse drama? Bem, não é pra falar do drama em si, mas das conclusões que eu tirei dele.
   A fantasma é muito apegada ao seu pai, e no fim, quando ele descobre algumas coisas, ele passa muito mal e chega bem perto da morte, onde eles se encontram e ela diz: "Pai, você tem que voltar e viver mais um pouco. Veja meu irmão se casar, ter filhos e então você poderá vir e nós poderemos viver felizes por mil anos, não, melhor, por dez mil anos...". Nesse momento, eu, que as vezes me sinto sem sentimentos, deixei escorrer algumas lagrimas, e seu eu consegui fazer isso meu querido, é por que a coisa foi linda demais.
   Quero dizer, ela morreu jovem, não tinha aproveitado nada da vida, nada mesmo, não conhecia os sentimentos, não sabia como era viver, e isso fez eu pensar.
   E se amanhã eu morrer também, o que eu estaria deixando para trás, como as pessoas iriam viver sem mim, como seria a vida sem eu aqui, qual seria a diferença? Eu estaria perdendo muita coisa?
   Eu tenho apenas dezesseis anos, eu não vivi nem um terço do que me tem pra viver. Meus sonhos, minhas vontades, eu não poderia jamais deixar isso tudo para trás. É como abandonar um cachorrinho na rua, você não quer, mas você não escolha. Foi isso que eu pensei... Eu pensei no que seria se eu morresse, faria diferença? Não sei, o mundo não roda em torno de mim. Mas acho que seria um peso... Eu tenho que viver muito, por que tem tanta coisa que eu ainda quero fazer. Eu não quero ser uma fantasma cheia de rancor por não ter feito isso ou aquilo. Eu quero de verdade viver.

  E viver bem... E você, quer viver? Viva, sem temer. Apenas viva. Não guarde rancor, não perca tempo nem oportunidade. Lembrei da frase da minha avozinha, ela disse bem assim em quanto tomava uma xicara de café, "Por que, quando você pensa que não, vai embora. Oxe, eu vivo é hoje. Se eu tiver com vontade de comer alguma coisa, eu vou lá e como." (gorda) Mas é assim, eu vivo é hoje, e como o que eu quero, faço o que eu quero, e não temo. Não tenho medo de sofrer com as consequências de algo. Por que? A vida é curta de mais pra ficar se lamentando. Eu faço igualzinho a minha avó, eu vivo é hoje e como o que eu quero. (hihihi)
  

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